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Os filhotes nascem em intervalos irregulares, à
distância de poucos minutos como de uma hora. Nas Primeiras semanas são
cegos e surdos, porém têm o tato bem desenvolvido, por meio do qual
orientam-se para procurar o mamilo materno. A maturação sensorial e motora
ocorre na terceira semana. Enfim os filhotes estão em pé, tentam seguir a
mãe, o desenvolvimento da vista e do ouvido lhes permite iniciar os
primeiros contatos com o mundo externo. Desde a idade de um mês até a
desmama, o filhote passará por experiências determinantes para sua
existência. Brinca, explora o terreno ao redor, cresce mentalmente.
O filhote deverá ser separado da mãe entre a sexta e a oitava semana. O
período de aleitamento deveria durar dois meses, mas pode ser reduzido
também para 40-45 dias. A mãe, todavia, cumpre o trabalho de desmama desde
quando os dentes de leite dos pequenos venham a ferir-lhe os mamilos.
Diminuirá assim o número das mamadas e começará a lição de lamber o leite ou
caldo que lhe serão dados na tigela pelo dono. O cãozinho assim se habituará
aos poucos a tomar sempre menos leite materno e a experimentar o alimento
dos adultos.
Mais importante que todas as dicas abaixo:
Procure acompanhar o desenvolvimento do cãozinho junto ao veterinário, cada
animal tem suas necessidades próprias.
Após o desmame, que ocorre em torno do 45º dia, o filhote deve ter no mínimo
4 refeições: café da manhã, almoço, jantar e uma última refeição da noite.
Os filhotes passam a comer menos a medida em que vão crescendo assim,
reduzir o número de refeições gradativamente. O adulto (a partir de 1 ano)
come 2 vezes ao dia .
Restos de comida, doces, massas e tudo o que estiver fora da relação
"alimentos" deve ser evitado mesmo que o cão goste ou queira comer. O cão
que "pede" comida da mesa dos donos deve ser repreendido ou retirado do
local das refeições familiares.
Ração para filhotes - utilize papinha desmame para filhotes ou rações
próprias para filhotes em forma de papa (amolecida em leite ou água morna),
3 a 4 vezes ao dia.
Ração para adultos deve ser dada a partir de 1 ano de idade.
Sempre que trocar a ração deve-se misturar a nova ração com a que está sendo
administrada, por uma semana, reduzindo a mesma aos poucos até ficar com a
ração desejada.
Observe sempre que a ração utilizada seja de excelente qualidade (bem
balanceada: taxas de minerais, proteínas e vitaminas dentro de um valor
ideal para o tipo e faixa etária do animal), esteja dentro do prazo de
validade e bem conservada. Nunca compre ração a varejo.
Leite - utilize leite de cadela em pó (produto importado)
Ou leite de cabra, mais parecido com o leite de cadela do que o leite de
vaca
Leite de vaca pode ser dado, inicialmente diluído em água, observando se o
animal apresenta diarréia. Caso ele não apresente, oferecer o leite puro ou
mingau ( 1 colher de Neston ou Farinha Láctea em 1 copo de leite puro ou
diluído) , 1 a 2 vezes ao dia.
A dieta do seu cão deve incluir proteínas para o crescimento e
restabelecimento das células, hidratos.
de carbono que é a fonte de energia e ácidos gordos que mantém o equilíbrio
da pele e do pêlo.
Sirva a comida sempre à temperatura ambiente.
Nunca lhe dê comida estragada.
Nunca dê ao seu cão comida de gato, visto ser muito rica em proteínas.
Nunca lhe dê ossos partidos ou muito finos, como os de galinha porque ele
pode-se engasgar ou ferir a boca ou o estômago.
Nunca lhe faça uma dieta somente de carne crua, porque embora tenha
proteínas e gorduras, a carne é pobre em vitaminas e hidratos de carbono.
Um cão que tenha uma dieta equilibrada não necessita de beber leite, dê-lhe
sempre água.
Certifique-se de que o seu cão tem sempre água fresca ao seu alcance.
Vigie o peso do seu cão, se não lhe consegue sentir as costelas é provável
que esteja sobre-alimentado, consulte o veterinário sobre dietas com poucas
calorias, aumente o exercício diário do seu cão e nunca lhe dê comida sempre
que ele pede, pode ser uma obsessão.
Se o seu cão não quiser comer durante mais de 24 horas, consulte o
veterinário.
BANHOS
A partir de 45 dias de idade, banhar o animal com água morna e colocar
algodão nos ouvidos para evitar a entrada de água.
Usar sabão de côco medicinal e shampoo neutro não inseticida (antipulgas).
Caso o filhote tenha pulgas dar banhos com sabonete de enxofre. Shampoos
antipulgas somente a partir de 6 meses.
A partir de 3 meses de idade deve ser aplicado um produto antipulgas de ação
prolongada: Front Line ou Advantage, repetindo-se a aplicação conforme a
recomendação do fabricante.
CÁLCIO E VITAMINAS
Após o desmame, que ocorre em torno do 45º dia de vida, o filhote necessita
de complementação de cálcio e vitaminas. Durante todo o primeiro ano de
vida, fase de crescimento muito acelerado em que a falta desses elementos
causará o raquitismo.
Raças grandes até 10 meses de idade e raças pequenas até 6 meses.
Prescrição a critério veterinário.
Usando ração de excelente qualidade não será necessário fazer suplementação
de medicamentos ( compostos de vitaminas e minerais, anabolizantes, etc...),
procure acompanhar o desenvolvimento do cãozinho junto ao veterinário, cada
animal tem sua necessidade própria de nutrientes.
COMPORTAMENTO SOCIAL
Fonte: Manual Merk de Veterinária
Treinamento familiar - Até que os filhotes comecem a ingerir alimentos
sólidos, a cadela os mantém limpos, lambendo-os e ingerindo seus
excrementos. Após isto, os filhotes evitarão sujar sua cama saindo para
urinar e defecar; porém não usarão áreas específicas até , a oitava semana.
Desenvolvimento social - Existe uma variação considerável no comportamento
de cães de diferentes raças e linhagens. Temperamento e "treinabilidade",
geralmente citados como fatores importantes quando se escolhe um filhote,
não são facilmente acessíveis em tenra idade. Uma vez que a idade mais
adequada para se desenvolver um forte relacionamento entre o cão e seu dono
é entre 3 e 12 semanas, o novo filhote deve ser selecionado com , 6 semanas
e deve ser levado para casa tão logo quanto possível . Os filhotes criados
em canis, muito distantes do contato humano, podem nunca ser capazes de se
adaptar ao relacionamento homem-cão se adquiridos após 12 semanas; um
treinamento cuidadoso e paciente pode ajudar a familiarizar o cão com
algumas pessoas, mas pode não obter sucesso. Tais cães freqüentemente
desenvolvem a síndrome de "cão de canil"; não possuem confiança e podem ser
agressivos ou "mordedores por medo", ou então extremamente submissos. Estes
comportamentos podem desaparecer se o cão retornar ao seu canil de origem.
Cães mantidos em canis podem manter relacionamentos mais fortes com outros
cães e aceitar o canil como seu "lar" e, como resultado, podem não se tornar
bons animais de estimação.
Cães criados exclusivamente com o homem podem ter dificuldades no
acasalamento porque pensam que o homem é sua própria espécie e não
reconhecem outros cães. Em virtude de os cães serem animais de matilha por
natureza, sua primeira experiência social (antes das 12 semanas de idade)
deve incluir os tipos de pessoas e raças de cães com os quais eles estarão
em contato por toda vida.
Fundamentos do treinamento - Todos os cães devem obedecer a comandos, tais
como não, senta, pare, venha, pule, iniciando-se na oitava semana de idade.
Um cão treinado obedece prontamente às ordens de seu dono. Apenas 10min
diários são suficientes para se obter um cão bem treinado por volta da 16ª
semana de vida. Estas lições devem ser breves, ocorrer sem interrupções e
devem-se iniciar com ordens simples que os filhotes possam realizar.
Repetição moderada, compatibilidade, elogios por um bom desempenho dados
logo após a resposta desejada ser apresentada e firmeza em comportamentos
indesejáveis dentro de um relacionamento baseado em confiança e afeição
mútua são os fundamentos do treinamento. Aulas de obediência mais formais
com , 6 meses de idade, reforçam os conceitos e ajudam a melhorar as
primeiras lições.
DENTES
A troca de dentes se inicia com 3,5 meses de idade e termina aos 6 meses.
O cão tem grande tendência a formação de tártaro o que provoca o mau-hálito
e a perda precoce dos dentes permanentes. A cárie também ocorre em animais
que recebem alimentos doces com freqüência.
Higiene da boca.
Escovação - existem escovas e pastas dentais importadas para cães (marca
Petrodex). A escovação deve ser feita 2 a 3 vezes por semana.
A escova pode ser substituída por um chumaço de algodão umedecido em Cepacol
(diluído em água) e esfregado nos dentes do animal.
Pedaços de cenoura crua - devem ser oferecidos entre as refeições para que o
cão seja estimulado a roer, assim como ossos artificiais (couro) ou naturais
(joelho de boi).
PELAGEM
Após o desmame, que ocorre em torno do 45º dia de vida do filhote.
Escovar diariamente o animal para retirar pêlos mortos, poeira e verificar a
presença de parasitas (pulgas, carrapatos, etc.).
Raças de pelagem longa recebem uma primeira tosa aos 3 ou 4 meses e depois,
periodicamente (a cada 2 meses). Manter o pêlo curto no verão para evitar
pulgas .
1º CIO
A fêmea - entra no cio entre 8 meses a 1 ano de idade variando com a raça e
o tamanho do animal.
O cio dura em torno de 15 dias e é acompanhado de um sangramento (de leve a
moderado) e aumento perceptível da região genital.
Algumas fêmeas não apresentam sangramento ("cio seco").
O macho - não tem cio e torna-se apto à reprodução a partir de 1 ano.
Ele pode começar a ter manifestações sexuais a partir de 3 meses de idade,
principalmente quando sentir o cheiro de uma fêmea no cio.
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Recomendamos aos
donos que vacinem os seus cães em veterinários legalmente habilitados. Siga
o seguinte esquema de vacinação para cães:
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45 dias de Idade -
Parvovirose e Coronavirose.
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60 dias de Idade -
Cinomose, Hepatite, Leptospirose Parvovirose, Parainfluenza, Coronavirose
- 1º dose
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30 dias após a 1º
dose - Cinomose,
Hepatite, Leptospirose, Parvovirose, Parainfluenza, Coronavirose
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60 dias após a 2º
dose - Cinomose, Hepatite, Leptospirose, Parvovirose, Parainfluenza,
Coronavirose - com duração média de um ano.
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Com 4 meses de Idade
- Raiva.
Obs.: Após esse esquema
inicial de indução imunitária (vacinação), é recomendada a revacinação anual
contra Cinomose,
Hepatite, Parvovirose, Parainfluenza, Coronavirose e Raiva e a revacinação
semestral para Leptospirose.
Ressaltamos que mesmo
os animais adultos devem ser revacinados anualmente pois podem se contaminar
com essas doenças, que a seguir resumiremos para o seu melhor conhecimento:
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CINOMOSE - Causada por um
vírus que ataca o sistema respiratório, nervoso e digestivo, levando a
episódios de vômitos e diarréia, dificuldade locomotora, ataques
epiléticos, tosses e espirros. Pode deixar seqüelas irreversíveis como
tremores generalizados, tiques nervosos e convulsões.
-
HEPATITE - Causada por um
vírus que acomete o fígado, determina coloração amarelada ao animal, além
de vômitos e diarréia.
-
LEPTOSPIROSE - Causada por
uma bactéria transmitida pela urina de roedores, determina alterações
renais e hepáticas. É contagiosa para humanos.
-
PARVOVIROSE - É a mais
perigosa, causada por um vírus que afeta o sistema digestivo e leva
vômitos e fezes hemorrágicas, exige a internação do animal e cuidados
intensivos.
-
PARAINFLUENZA - doença viral
que determina tosses, espirros, corrimentos nasais e broncopneumonia.
-
RAIVA - Doença fatal que afeta o sistema
nervoso.
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"Por que agosto é o mês de cachorro louco? Provavelmente porque, nesse mês,
ocorre maior concentração de cadelas no cio, em decorrência das condições
climáticas", observou o médico veterinário, Dr. José Alberto Pereira da
Silva, acrescentado: "Por causa dessa situação, há maior aproximação e
promiscuidade entre os animais, daí a ocorrência de mais contágio. Mas é bom
que se diga que o contágio pode acontecer durante todo o ano."
A raiva é uma doença
infecciosa, aguda e mortal, transmitida aos mamíferos, inclusive o homem,
através da mordida, arranhão ou lambedura de cães, gatos ou morcegos
contaminados pelo vírus rábico. O cão é o principal transmissor da
raiva em regiões
urbanas. A raiva acontece mais em agosto e pode se manifestar de duas
formas: a furiosa e a muda ou paralítica. Na primeira, ocorrem manifestações
de inquietação e excitação, na segunda incidem mais os atos depressivos do
sistema nervoso. As duas, entretanto, são horríveis e devem ser evitadas a
qualquer custo.
Uma
injeção virulenta
A infecção se
processa, normalmente, por uma mordida que significa uma injeção de saliva
virulenta.
Essa mordida pode
ser atenuada pela pelagem dos animais ou pela roupa dos seres humanos, que
atenuam as dentadas deixando assim de ser injetado um grande número de
vírus. Este vírus possui grande afinidade com o sistema nervoso central, de
modo que, se a mordida se dá numa zona do corpo rica em terminações nervosas
como as mãos ou mais próximas do cérebro, como a cabeça, o pescoço, os
lábios, o período de incubação será mais curto. É muito importante saber-se
que a saliva já é virulenta quatro ou cinco dias, no máximo dez, antes que
apareçam os sintomas: salivação abundante, dificuldade para engolir, mudança
de hábito alimentar, paralisia das patas traseiras e latido rouco.
As
mudanças no comportamento
O animal, durante
a indisposição que antecede à doença, dá vários sinais relativos à sua
mudança de comportamento. De alegre e festeiro, ele se torna triste e
retraído. Muitas vezes, no entanto, o animal se apresenta mais carinhoso e
alegre que o habitual. Isto representa grande perigo, pois 14 dias mais ou
menos antes de se manifestar, a raiva, já é virulenta e pode transmitir a
doença. À medida que a doença avança novos sinais podem ser observados. O
animal não se apresenta agressivo ainda. Procura, instintivamente, o seu
dono, como a pedir alívio aos seus sofrimentos, mas seu apetite degenera e
ele passa a comer tudo o que encontra pela frente como pedras, trapos e a
própria cama. E um detalhe que é facilmente notado: o cão raivoso não late,
uiva, terminando por uma nota aguda e agoniada, esse uivar. Também fato
digno de observação é que quase todos os cães contaminados fogem ou procuram
fugir da casa de seus donos, quando sentem a aproximação do acesso de furor,
obedecendo ao seu instinto para não morder as pessoas da casa. É só nessa
fase, de intensa excitação, que o olhar do cão é tomado por um brilho
aterrorizante e ele demonstra total indiferença a pancadas ou qualquer outro
meio menos violento para tentar controlá-lo. Se o cão estiver na rua, ele
avança contra tudo e contra todos, preferencialmente outros cães,
permanecendo com a cauda caída e a babar abundantemente, num caminhar
contínuo e triste até que, esgotado ou atacado pela paralisia, cai exausto,
apresentando fenômenos tetânicos ou convulsivos, até que lhe sobrevenha a
morte em três ou quatro dias.
A
vacinação anti-rábica
O melhor caminho
para prevenir o sofrimento do dono e a horrível morte de seu melhor amigo é
imunizá-lo no terceiro mês de vida e mantê-lo vacinado nos intervalos
recomendados. Como responsável, o dono deve agir assim pelo seu próprio bem,
pelo bem dos que o cercam, pela saúde do animal, por uma convivência feliz
com a família e paz com a comunidade.
ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS |
- A partir dos 3
meses de idade, cães e gatos sem exceção devem ser vacinados todos
os anos, incluindo lactantes, cadela prenhe ou no cio.
- Não deixe seus
animais soltos na rua.
- Ao sair com o
animal mantenha-o sob controle, utilizando coleira e guia.
- Nunca provoque
um animal.
- Não toque em
animais estranhos, feridos ou que estiverem se alimentando.
Ocorrendo
acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos:
- Deixar o
ferimento sangrar um pouco.
- Lavar o
ferimento com água e sabão.
- Identificar o
animal agressor e seu proprietário.
- Observar se o
animal permanece sadio por 10 dias.
- Caso o animal
não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, procure imediatamente
orientação através do CCZ - Centro de Controle de Zoonozes de seu
estado. (O número poderá ser requisitado através do serviço de
Informações Telefônicas - 102)
Atenção - O Centro
de Controle de Zoonozes inicia as aplicações de vacinas anti-rábicas
em seus postos da Campanha de Vacinação Contra a Raiva em todo mês de
agosto de cada ano. Para saber onde fica o posto de vacinação mais
próximo de sua casa, ligue para o CCZ.
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Segundo PIZZOLATO
(1998), o objetivo em se treinar um cachorro não é de "quebrar o espírito"
dele como muitos pensam. O cachorro não se torna um robô de controle-remoto!
Pelo contrário. Ao abrir a linha de comunicação entre donos e cães, através
do treinamento, ambas as partes passam a se comportar de maneira mais
relaxada e alegre. Passam a ter muito mais prazer nesta relação, despendem
mais tempo juntos e se divertem muito mais. Afinal, quem não gostaria de ter
um cachorro que desenvolveu um grau de proximidade e confiança únicos pelo
seu dono. Um cão que conhece seu dono como ninguém e que está sempre
disposto a uma nova aventura. Um cão no qual você pode confiar, que vai
sempre te atender não importa a situação. Um cão que te admira acima de
tudo, porque você será um dono justo, controlado, calmo e cheio de amor pelo
seu melhor amigo.
Treinar é evitar problemas futuros, é não deixar que situações desagradáveis
fiquem fora de controle.
Treinar é amar e preservar a saúde de seu cachorro. É
desvendar os mistérios que se passam por entre aquelas orelhas peludas. Treinar é ser responsável.
Ah! E é divertido também.
Quando
começar a adestrar
A melhor hora é agora, não
importa a idade do seu cão, seus atos estão sempre interferindo no
comportamento dele. Nunca espere os problemas aparecerem, a prevenção é
sempre mais fácil. Procure alguma literatura sobre comportamento de cães ou
consulte um especialista — um pouco de informação pode fazer muita diferença
para um convívio harmonioso.
Você pode inclusive
ensinar alguns comandos ao seu filhote utilizando somente recompensas, e irá
se espantar com a rapidez que ele aprende
Algumas
considerações
Como seu cão
vê você?
O cão é um animal que, desde os
primórdios de sua existência na face da Terra, estabeleceu um grupo
hierárquico denominado matilha, no qual existem rígidos conceitos de
dominância e submissão entre seus membros.
Você e sua família não passam de
membros de uma matilha em especial para seu cão. Mas cabe a você aprender a
tomar o lugar de líder desta matilha para que seu cão tenha o respeito que é
necessário ter pelo dono.
Como seu cão se relaciona com
você?
O relacionamento deve se
basear na devoção e amor, seu cão deve ter a certeza de quão importante ele
é para você. Assim, ele assim estará mais predisposto a agradá-lo.
Treinamento
O adestramento a que me
refiro nesta seção é o adestramento para uma boa convivência entre humanos e
animais. O objetivo aqui não é ensinar comandos para sentar, deitar, rolar,
fingir de morto, dar a pata e coisas afins. Não que isso seja ruim ou
prejudicial para o cachorro, ao contrário, um cachorro ensinado é um
cachorro que é valorizado e amado por seu dono, que convive bem e se
comunica com ele.
O objetivo principal desta seção é ajudar os donos "de primeira viagem" a
não se desesperarem ao primeiro xixi fora do lugar, ou sapato estraçalhado,
ou móvel roído. Essas coisas acontecem, mas podem ser evitadas sem
violência.
1. Xixi e cocô
Logo que os cachorros chegam em casa, e é escolhido um lugar para ele
dormir, oferecido água e ração, a principal preocupação é onde o cãozinho
vai resolver fazer as suas necessidades. E um filhotinho faz xixi e cocô a
toda hora.
O ideal é que se coloque jornais forrando a área onde ele vai ficar, pois o
cachorrinho acabará fazendo xixi encima deles. Pegando um dos jornais que
estiver molhado, deixe-o secar e passe a restringir a área a somente um
pequeno espaço, forrado com jornais limpos e o "batizado" já devidamente
seco embaixo. Isso vai fazer com que o cachorrinho sinta o cheiro do seu
xixi embaixo daqueles jornais e ache que lá é o melhor lugar para fazer
outro xixi encima.
Elogie-o quando isso acontecer, diga palavras de entusiasmo, faça carinho
nele.
Cada vez que o cãozinho fizer suas necessidades em outro lugar e você ver
isso no ato, recrimine-o, diga "NÃO" de uma maneira bem firme e leve-o ao
local estipulado. Nunca recrimine o cachorrinho se não for no ato, pois ele
não saberá a que você se refere, não saberá o porquê de estar sendo punido.
Nunca encoste o focinho dele no xixi ou cocô, pois isso é uma violência
extrema, já que ele não pode se limpar, a não ser se lambendo. É um ato
cruel e digno de pessoas que não têm o menor respeito por seu animalzinho!
2. Latindo
É natural que o cachorro lata quando alguém chega a porta ou quando vê outro
cachorro, é o instinto dele de avisar quando a residência está ameaçada.
Quando o filhote late por que não quer ficar sozinho, está se adaptando na
nova casa, a pior coisa que um dono pode fazer é presenteá-lo com a sua
presença, pois isso ensinará ao cão que é só ele dar umas latidas para
conseguir o que quer. Você precisa ser forte nas suas convicções, precisa
deixá-lo chorar, caso o choro seja de manha mesmo.
Um cachorro que late por qualquer coisa e muito, precisa ser adestrado para
que não faça isso. Use sempre as mesmas palavras quando estiver treinando o
seu cachorro. Diga "QUIETO" e coloque a mão delicadamente mas com firmeza em
volta da queixada dele. Assim ele vai saber o que "QUIETO" significa. Quando
obedecer à sua ordem, diga-lhe que é um cachorro muito inteligente e
querido.
3. Pulando
nas pessoas
Os cachorros mostram o quanto gostam das pessoas e sentem a sua falta
pulando nelas. É uma demonstração de carinho e alegria, mas quando você está
arrumadíssimo para aquela festa chique, mas esqueceu alguma coisa em casa e
volta para pegá-la, as patinhas de cachorro estampadas em sua roupa nova não
são muito bem vindas. Existe também a possibilidade de seu cachorro derrubar
alguém pulando encima, caso seja grande, e a visita muito provavelmente
pensará duas vezes antes de visitar você novamente.
O melhor a fazer é treiná-lo para que não faça isso nunca. Quando o cão
filhote ou adulto pular em você ou em outra pessoa, diga em voz alta "DEITA"
e ao mesmo tempo, pegue-o e deite-o no chão. Isso ensinará ao animal que
pulando nas pessoas não é uma boa maneira de demonstrar sua alegria.
4. Mastigando
e roendo
Os cães, principalmente filhotes, adoram mastigar o que acham em volta,
incluindo os objetos mais caros. Quando eles estão trocando a dentição, lá
pelos 4 meses de vida, as gengivas coçam e a fase se acentua, eles podem até
roer móveis. Aproximadamente com um ano de idade, eles perdem o interesse
por roer tudo e se acalmam.
O ideal é que se dê brinquedos especiais para o seu cachorro brincar, mas a
escolha tem que ser cuidadosa, pois existem brinquedos de borracha macia e
ocos que podem ser perigosos, pois os cães podem rasgá-los e engolir os
pedaços. Alguns brinquedos contém assobios que podem sufocar o cão. O ideal
são brinquedos de borracha dura ou os famosos courinhos digeríveis
encontrados em qualquer supermercado. Os cães parecem ter uma predileção
também por bolinhas de tênis, mas certifique-se que seu cão não engoliria a
bolinha antes de presenteá-lo com uma.
Quando o cachorro começar a mastigar seu sapato ou almofada ou qualquer
coisa que não seja dele, diga que "NÃO" com firmeza e tire dele. Depois
entregue-lhe um de seus brinquedos.
Se você der risada quando ele mastigar uma meia velha, não vá ficar zangado
com ele quando ele mastigar uma de suas meias novas, pois ele não sabe a
diferença que existe entre elas.
Uma coisa que seu cachorro não deve fazer NUNCA, mas NUNCA mesmo é roer fios
de eletricidade. Você terá que ser bem enérgico com ele, para deixá-lo
assustado e nunca mais chegar perto de outro fio elétrico.
às vezes, cachorros mastigam coisas por que estão brabos, sentindo-se
abandonados ou cansados de ficar sozinhos em casa o dia todo. Se você tiver
que deixá-lo sozinho por muito tempo, peça para um amigo apanhá-lo para dar
uma volta ou brincar com ele por alguns minutos.
5. Correndo
atrás de Carros
Se seu cachorro tem acesso à rua, pode aprender com os outros cachorros e
passar a ter esse hábito perigoso que já matou muitos cães. Para fazê-lo
perder esse hábito, passe de carro em frente a casa com um amigo dirigindo e
você no banco de trás ou não, mas com a janela aberta e segurando um copo de
água. Quando seu cachorro perseguir o carro, atire a água na cara dele. Isso
o deixará assustado, e ele aprenderá a lição.
6. Sendo delicado
Quando você adota um animalzinho, tem que chamá-lo sempre pelo mesmo nome,
para que ele possa aprender que é ele. chame-o, e cada vez que ele vier,
faça um agrado e chame-o de "BONZINHO" em tom de carinho. Para ensiná-lo a
sentar, diga "SENTA" e aperte a parte traseira dele para o chão. Depois,
torne a fazer carinho, sempre estimulando-o.
Se você quer dar-lhe comida na boca, faça-o sentar primeiro, e sendo firme,
diga-lhe "DELICADO" apontando o dedo na direção do rosto de seu cachorro,
depois ofereça-lhe o alimento. Se ele pegar o biscoito de uma maneira
grosseira, tente recuperar-lo de dentro da boca do animal, repreenda-o e
repita a lição. Cada vez que ele sentar e pegar o alimento delicadamente,
faça carinhos e chame-o de "BONITO".
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O que fazer se você for atacado
por um cão?
Dificilmente alguém que seja atacado — seja uma criança, ou mesmo um adulto
— terá reações programadas, mas sim reações inesperadas motivadas pelo medo
e pela dor.
Mesmo assim essas dicas podem
ajudar você em uma situação crítica como esta.
Procure
ao máximo manter a calma e não
corra pois o instinto do animal será persegui-lo.
Proteja
o rosto.
Procure
manter uma "posição fetal", para se
proteger. Além disso, o cão irá considerar esta posição um sinal de
submissão e tenderá a diminuir a violência do ataque.
E o que fazer depois do ataque?
Procure lavar o local da mordida
imediatamente com bastante água e sabão em barra (como o sabão de côco).
Assim você estará diminuindo o risco de infecção desta ferida, pois a saliva
dos cães é repleta de diversos tipos de organismos, como bactérias, que
podem ser prejudiciais.
Após lavar o ferimento, procure
fazer uma compressa com panos limpos ou gaze para estancar sangramentos.
Procure atendimento médico o
mais rápido possível.
"Isso é essencial", afirma a
Dra. Eliane Tavares Lobato, chefe do serviço técnico do Centro de Controle
de Zoonoses da prefeitura do Rio de Janeiro. "Após uma mordedura ou
lambedura, a vítima do ataque deve procurar o Centro Municipal de Saúde (CMS)
da sua área que tenha atendimento para tratamento para profilaxia
anti-rábica humana. Só o médico do CMS determina qual a medicação necessária
para a vítima."
Se possível, o cachorro deve
ficar em observação após o ataque (dez dias). É ideal que a vítima seja
informada a respeito de todas as reações do animal se houver suspeita de
raiva. Para diminuir os riscos de um animal contaminar alguém, seu dono
nunca deve deixar de vaciná-lo contra a raiva. A vacinação contra a raiva é
gratuita e é promovida numa campanha anual pela Secretaria Municipal de
Saúde.
Todo ataque deve ser notificado
ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município. Se o cão que atacou
não tiver um lar, deve ser levado para o CCZ. Mas se não for um animal
abandonado, o animal pode continuar em casa. "O veterinário do CCZ vai ao
local e verifica se há necessidade de o transferir o animal para o CCZ ou
não. Para descobrir se o animal é suspeito de raiva, o veterinário vai
observar o comportamento e a condição clínica do animal. O animal pode
permanecer na sua própria casa, em observação", esclarece Dra. Eliane
Lobato.
Os CCZs são responsáveis pelo
levantamento do número de ataques e ocorrência dos casos de raiva. Quem
quiser denunciar a existência de cachorros com raiva (ou suspeitos de
estarem com a doença), ou mesmo cães abandonados sem trato, além da presença
de animais ferozes soltos na rua, pode ligar para o Centro de Controle de
Zoonoses do seu município.
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A displasia da
anca é uma deficiência ao nível da articulação coxo-femoral ou anca. A
cabeça do fêmur pode facilmente desencaixar-se, provocando o relaxamento dos
ligamentos articulares e inflamação. Isto conduz a uma degeneração
progressiva da articulação. Existe uma instabilidade articular que impede o
apoio correto do peso do animal, conduzindo ao incômodo e à dor. Consoante o
grau dessa deficiência assim será mais ou menos grave a situação. Esta
doença é difícil de diagnosticar quando o cão é muito jovem, só se tornado
óbvia na maior parte dos casos, no culminar do seu crescimento.
A Displasia da Anca pode ser classificada em diversos graus culminando numa
debilidade insuportável. Altura e peso excessivos estão entre os fatores que
podem influenciar o seu desenvolvimento. Daí a importância de uma dieta
correta sugerida pelo Veterinário.
Os cães jovens têm dificuldade em levantar-se, correr ou usar escadas. Os
cães idosos podem apresentar dores agudas, especialmente após exercício.
Raças de
Risco:
Qualquer raça pode
padecer deste mal, mas as raças grandes têm maior incidência devido ao
esforço suplementar que suportam durante o crescimento. Destes destacamos
os Serra da Estrela, o Rottweiler, Pastores Alemães, e o Dogue Alemão (Grand
Danois).
Fatores que
predispõem:
- exercício físico em excesso .
- excesso de uso de cálcio e alimentação desequilibrada.
- hereditariedade
Tratamento da Displasia:
Não existe cura da Displasia. É necessário recorrer a medicação até
ao final da vida dos animais. Em casos extremos só pode ser corrigido com a
ablação da cabeça do fêmur para evitar o atrito, ou prótese total da anca. O
animal nunca poderá ter os mesmos níveis de movimento que um saudável, mas a
sua condição é muito melhorada. Terá ainda que fazer um acompanhamento até
ao final da sua vida. Notem que esta cirurgia é extremamente onerosa.
Os criadores que cruzam somente animais que fazem o despiste de displasia da
anca têm verificado a diminuição de incidência da mesma. No entanto os não
criadores, que por ignorância cruzam animais sem saber os seus antecedentes,
estão entre os primeiros a ter problemas.
Aconselhamos que os animais que possuem Displasia não cruzem de forma a
evitar o aparecimento nos seus descendentes. Exija sempre ver os pais quando
adquire um animal destas raças, bem como um certificado de Isenção de
Displasia dos mesmos que será obrigatoriamente emitido por um Médico
Veterinário. De qualquer forma aconselhamos que consulte um Veterinário
antes de adquirir um animal para se informar melhor sobre os prós e os
contras de cada raça.
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... quando seus donos estão chegando
Cientista explica
poderes surpreendentes de nossos animais de estimação.
Cachorros que sabem quando os donos
estão a caminho de casa muito antes destes chegarem. Gatos que correm para
perto do telefone quando é o dono que está ligando. Cavalos que conseguem
encontrar a direção de volta para casa atravessando às vezes longas
distâncias. São histórias assim, sobre percepções que têm os animais, ainda
não compreendidas à luz da ciência atual, que o bioquímico Rupert Sheldrake
reúne em CÃES SABEM QUANDO SEUS DONOS ESTÃO CHEGANDO, livro
tão fascinante quanto bem fundamentado sobre poderes dos animais relativos à
telepatia, senso de direção, premonições e outras características psíquicas.
Pesquisador respeitado da
Universidade de Cambridge, Inglaterra, autor de diversas obras científicas,
Dr. Sheldrake realizou uma longa pesquisa e diversas entrevistas sobre o
comportamento animal, apresentando inúmeros casos de percepção singular.
Localizou, por exemplo, animais domésticos que previram a ocorrência de
terremotos e mesmo um cachorro que tinha a capacidade de antecipar os
ataques epilépticos de sua dona. Ele explica tais fenômenos através da
teoria das "células mórficas", segundo a qual há campos invisíveis de
conexão entre os seres.
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Ainda que você
dedique a maior atenção à limpeza de sua casa, lá pelos cantos, sob os
tapetes, nas pequeninas frestas, as implacáveis feras estão afiando suas
garras para cravá-las em nossos cães. É preciso liquidá-las.
Verão - Fábrica de pulgas
Verão, sozinho
gostoso, chuva refrescante no final da tarde. Uma época para curtir o seu
animal de estimação. Mas é justamente nessa estação que reaparecem alguns
hóspedes indesejáveis que não sabemos bem para que servem e que poderiam ser
perfeitamente excluídos da face da terra. Além das moscas que podem
ocasionar bernes e as graves bicheiras, a pulga é um dos problemas mais
temidos para quem tem bichos de estimação. Com o calor e a umidade elas se
multiplicam rapidamente.
Esses parasitas
infernais, verdadeiros monstrinhos do tamanho de uma cabeça de alfinete e
que se alimentam de sangue, são capazes de infestar um ambiente por mais que
nos preocupemos com a sua limpeza.
Há espécies que atacam o
cão, o gato, o rato, o homem e até as aves. Como sobrevivem por muito tempo
fora do hospedeiro, elas estão por toda a parte, principalmente nos lugares
onde o animal freqüenta e nas suas camas.
Apesar de todos os cuidados
que tomamos com os nossos animais, esse parasita inferniza a vida do nosso
mascote. As picadas produzem pequenas manchas vermelhas e alguns animais,
por terem alergia à saliva da pulga, podem apresentar dermatite alérgica.
Além do incômodo para o animal e para o dono, a pulga também provoca outros
males como a anemia, transmissão de vermes, perda de peso, transmissão de
bactérias e infecções secundárias.
Por isso é que se costuma
dizer, que nada é mais triste do que ver um amigo sofrer, seja ele nosso
cão, ou nosso gato, vítimas do parasitismo das pulgas. E liquidar com elas
não é um processo fácil, pois além de um produto eficiente para combater as
pulgas, é essencial que o dono tenha a maior vontade em preparar, organizar
e comandar, pessoalmente, esse combate. Combater um inimigo que soma 2.500
diferentes espécies, desde a Antártica até os trópicos. Mas, de todas elas,
só duas atacam cães e gatos e, em último caso, o ser humano. Um dos fatos
curiosos a respeito das pulgas é que elas são dotadas de muita força,
podendo saltar até 60 cm de altura. Comparando as coisas, se um homem de
1,80 m tivesse a mesma capacidade, num único salto, ele iria aterrisar no
topo do Pão de Açúcar. E o apetite das pulgas, então? Ingerem sangue em
qualidade 20 vezes o seu próprio peso! Quanto à sua reprodução, ela é também
uma grande recordista. Apenas 10 delas, em condições favoráveis, podem
gerar, em um mês, 250.000 novas pulgas. Já imaginou? É ou não é um terrível
inimigo dentro de sua própria casa?
O Combate
Há muitos produtos, no
mercado veterinário, que se mostram eficientes no controle das pulgas. Mas,
se um desses produtos não for usado de acordo com as instruções do
fabricante, o dono do cão ou do gato não vai realizar uma operação bem
sucedida e, certamente, irá sentir-se bastante frustrado como estrategista
no seu combate às pulgas.
O primeiro e mais comum dos
erros que se comete, é cuidar somente do animal, permitindo que o ambiente
se torne um verdadeiro celeiro para novas infestações. Outro erro são as
receitas caseiras com aspersão à base de vinagre, creolina, ervas ou
pimenta, pela casa. Também é errado pensar no uso de coleira: elas não
surtem o efeito desejado em animal já infectado. Outra medida ineficaz - sem
que o animal esteja preventivamente protegido das pulgas - é dedetizar a
casa.
Por fim, devemos considerar
um cuidado muito importante a ser feito periodicamente. Trata-se de
ministrar vermífugos aos animais. As pulgas são hospedeiras intermediárias
dos vermes e com o animal infestado, a tendência é que as verminoses se
agravem muito. O único modo 100% eficaz de acabar com as pulgas, sem
prejudicar o animal, é interromper o seu ciclo de vida. Isto se pode fazer
tratando ao mesmo tempo animal e ambiente, de forma preventiva e curativa. E
para isso usar produtos da melhor qualidade, que tenham sido criados
especialmente para eliminar as pulgas, mantendo a saúde e a beleza de seu
cão ou gato.
Não se pode tratar do
animal, sem combater também as pulgas dos ambientes. Essas duas forças
juntas é que destroem o inimigo.
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ACASALAMENTO
A puberdade nos cães
ocorre 2 a 3 meses após terem atingido o tamanho de adulto. Raças menores
chegam a puberdade antes das maiores, porque atingem o tamanho adulto mais
cedo.
O primeiro cio da cadela ocorre entre os 6 até 14 meses de idade, dependendo
da raça. Nas cadelas o cio ocorre a cada 6 meses, podendo ocorrer variações
dependendo do estado de saúde, uso de hormônios, clima, presença de outros
animais e outros.
O tempo de duração de cada cio também pode variar, mas de uma forma geral
fica entre 15 a 20 dias. O período fértil ocorre nos últimos 4 dias, quando
ocorre a ovulação, ou seja, por volta do 11o dia, quando cessa o sangramento
e a cadela aceita o macho.
A fêmea só deve ser acasalada após o terceiro cio. Nessa fase de idade ela
já estará amadurecida o suficiente para ter seus filhotes, seu
desenvolvimento físico já terá se completado e a gestação não lhe trará
problemas de saúde.
O macho
pode cruzar a partir de 1 ano de idade, antes disso ele pode não conseguir
fertilizar a fêmea.
A escolha do macho também é importante, ele deve ser mais
velho e experiente (principalmente se for o primeiro acasalamento da fêmea)
e menor do que a fêmea, para que os filhotes não sejam muito grandes e
causem problemas na hora do parto. No caso de animais para competição,
analise os pontos fracos na sua cadela e escolha um cão que corrigirá essas
falhas nos filhotes, sem tirar as boas características da mãe. A freqüência
de acasalamento e gestação deve ser a mais baixa possível. Uma fêmea que
procrie em excesso gera filhotes fracos e com alta mortalidade e também
compromete sua própria saúde.
Antes do acasalamento, a fêmea deve ser levada a um veterinário, para que
seu estado de saúde seja examinado. As vacinas devem estar em dia e o
esquema de vermifugação também.
GESTAÇÃO
A gestação nas cadelas dura em torno de 58 a 63 dias. Esse tempo é
influenciado por diversos fatores como por exemplo, número e tamanho dos
filhotes. A gestação pode ser confirmada por ultra-sonografia, que também
mostrará o número de fetos e sua posição no útero. Também importante para o
acompanhamento do desenvolvimento dos fetos.
O diagnóstico através de palpação pode ser feito a partir dos 30 dias. Com
35 dias já se observa o desenvolvimento das glândulas mamarias, que ficam
rosadas e túrgidas. Nessa fase já há aumento acentuado de peso.
Com 40 dias o abdome já está aumentado.
Aos 45 dias o RX já evidencia ossos da cabeça, vértebras, costelas e ossos
longos dos membros.
Com 49 dias a cabeça dos fetos já é bem palpável e há grande aumento nas
glândulas mamarias.
A partir da 8a semana de gestação, o movimento dos filhotes já pode ser
visto quando a cadela está deitada. Os filhotes já podem nascer de forma
segura.
1 semana antes do parto, principalmente nas fêmeas em primeira gestação,
ocorre secreção aquosa nas glândulas mamarias.
Nas 3 ultimas semanas de gestação sua alimentação deve ser reforçada. O uso
de ração balanceada de boa qualidade e de formulação para filhotes e fêmeas
em gestação, é a melhor forma de garantir os nutrientes necessários, sem a
necessidade de suplementos extras.
Durante a gestação, devido a ação da progesterona, o tempo de esvaziamento
gástrico da cadela aumenta, mas ao mesmo tempo a mobilidade gástrica
diminui, conforme o estômago é deslocado pelo útero em crescimento. Portanto
o ideal é que se forneça a alimentação em pequenas porções várias vezes ao
dia, facilitando a digestão. É normal que no final da gestação a cadela
perca o apetite, principalmente quando está próximo da hora do parto. Duas
semanas antes do parto prepare o local onde a cadela irá ter seus filhotes e
a estimule a deitar e dormir lá. Isso a deixará mais segura na hora do
parto.
PARTO
Na última semana de gestação já deve-se estar com tudo preparado, caso os
filhotes nasçam antes do tempo: carro preparado com toalhas e jornais caso
seja necessário levá-la a uma clínica com urgência; a caixa ou local onde
ela terá seus filhotes; jornais para manter o local onde ela terá os
filhotes sempre limpo durante o trabalho de parto; lixeira para os jornais
sujos e materiais que serão usados durante o parto; uma caixinha menor
forrada com toalha macia para colocar os filhotes enquanto a mãe está em
trabalho de parto dos outros filhotes; um relógio para controlar o tempo de
parto; uma lâmpada de 100w para ser colocada próximo a caixa dos filhotes
caso esteja fazendo frio; se estiver fazendo muito calor coloque um
ventilador para a mãe; fio dental e tesoura afiada e esterilizada para
amarrar e cortar os cordões umbilicais; anti-séptico para desinfetar o
cordão umbilical cortado; toalhas e panos macios para serem trocados 2 vezes
ou mais ao dia, na caixa onde ficarão mãe e filhotes.
Os primeiros sinais
começam com 48h antes do parto, quando começa a produção de colostro pelas
glândulas mamarias e a fêmea começa a construir um ninho. 12h antes ocorre
descarga vaginal, decréscimo de 1o C na temperatura, sendo que a temperatura
normal do cão é em torno de 38,9 a 39,9o C. É a hora de entrar em contato
com o seu veterinário e deixá-lo de sobreaviso, caso você precise de ajuda.
Quando chega a hora do
parto as fêmeas demonstram desconforto, não acham posição para se deitar e
dormir, respiram de forma acelerada como se estivessem com dor, lambem e
olham para a vulva, recusam comida, procuram o seu "ninho". As contrações
podem ser observadas nos músculos das costas, num movimento descendente.
Se ela quiser sair e
caminhar vá junto. Caminhar ajuda no trabalho de parto, mas é preciso sempre
estar atento para que nenhum filhote nasça no chão e ninguém veja.
Principalmente se estiver escuro.
Após o começo das
contrações pode levar até 4h para a saída do primeiro filhote. Se até esse
tempo nenhum filhote nascer, procure logo seu veterinário. É importante
observar o comportamento da fêmea, presença de contrações, estado geral da
mãe, estado dos filhotes ao nascerem. Qualquer sinal de apatia, falta de
contrações uterinas ou contrações sem a saída do feto, indica problemas e o
veterinário deve ser procurado imediatamente.
Entre as causas de atonia
de útero estão: insuficiência de cálcio, déficit energético, fetos muito
grandes e obesidade, partos muito prolongados.
O intervalo entre os
nascimentos podem ser de 15 min. Até 1h, mais do que isso chame o seu
veterinário.
Para a saída do filhote a
bolsa de água aparece e normalmente se rompe, então o filhote sai de dentro
dela. A placenta pode ou não se soltar nessa hora, nunca puxe o filhote
porque você poderá causar nele uma hérnia umbilical. Espere ela se soltar.
Se a mãe não cortar o cordão você terá que fazê-lo, usando fio dental e
tesoura esterilizada. Depois passe um anti-séptico como por exemplo iodo.
Importante também é contar o número de placentas. Elas devem corresponder ao
número de filhotes, se isso não ocorrer é porque houve retenção e caso não
seja tratada, ela corre o risco de uma séria infecção uterina.
Você pode ajudar a mãe a
limpar os filhotes com uma toalhinha macia, os enxugando até que chorem.
Esfregá-los ao mesmo tempo que limpa, ajuda a estimular a respiração. Se
isso não fizer o filhote respirar e chorar, segure-o firmemente de cabeça
para baixo, protegendo sua cabeça e pescoço e o balance, a força centrífuga
irá ajudar a retirar o muco da garganta e narinas dele, para que ele possa
respirar.
No intervalo entre os
nascimentos deixe os filhotes mamarem o colostro, é muito importante para a
saúde e imunidade contra infecções, assim como ajuda nas contrações e no
trabalho de parto da mãe. Assim que as contrações recomeçarem, coloque-os de
novo separados da mãe.
Quando termina o trabalho
de parto a cadela se acalma, sua respiração volta ao normal e param as
contrações.
Limpe tudo, passe um pano úmido na cadela para limpá-la e faze-la sentir-se
melhor. Ofereça água e uma refeição leve como caldo de galinha com arroz.
Isso lhe dará uma alimentação leve e com bastante líquido. Ideal no pós
parto.
As mães de primeira viagem podem ficar confusas durante e após o parto. Você
precisará ter firmeza, paciência e muito carinho com ela, ajudando no parto,
no cuidado com os filhotes e na amamentação. É muito importante que todos os
filhotes recebam o colostro nas primeiras 24h de vida.
Dentro de 24h no mínimo
eles devem ser examinados pelo veterinário, para saber se tudo está bem.
A secreção vaginal após o
parto dura de 24 a 48h e a cor deve ir clareando.
A cadela deve ficar com os
seus filhotes em local calmo e tranqüilo, com temperatura ambiente constante
por volta de 32o C, sem correntes de vento e sua alimentação deve continuar
a ser balanceada e fortalecida, sendo indicado ainda as rações próprias para
aleitamento, encontradas no mercado. Deve-se oferecer também bastante água
fresca para ajudar na produção de leite. A mãe deve ficar sempre junta dos
filhotes para lhes fornecer calor. É bom observar se ela toma o cuidado de
não sentar ou deitar sobre eles.
Ao nascer os filhotes tem
a temperatura baixa, por volta de 35o C, com uma semana de vida ela estará
em torno de 38o C. Seus olhos se abrirão com 8 a 10 dias de vida e seus
ouvidos com 13 a 17 dias.
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COMO EVITAR ESSE
PROBLEMA?
Um dos maiores
problemas que os proprietários de animais de
estimação enfrentam é o famoso cheirinho. Quem nunca
escutou: "Ih essa casa tem cachorro, sente só o
cheiro..."
Realmente,
isso é muito desagradável, principalmente quando recebemos visitas. Embora
este problema pareça difícil de resolver, há soluções. Antes de mais nada, é
preciso descobrir de onde vem o cheiro desagradável.
Fontes e origens do mau
cheiro:
Hálito
- Muitas vezes nossos animais apresentam
problemas como o tártaro nos dentes, que além de causarem o mau hálito,
podem levar ao aparecimento de sérias infecções cardíacas e renais.
Muitas vezes, ao se lamberem, os animais acabam levando saliva com aquele
odor característico a outras partes do corpo, tornando o problema mais
acentuado.
Ouvidos -
Esquecer da higienização dos ouvidos de seu animal de estimação é um ótimo
caminho para iniciar um acúmulo de cerúmem (cera) e, assim, levar ao quadro
da otite.
Glândulas
anais - O acúmulo de secreção nestas glândulas pode causar processos
inflamatórios purulentos e um cheiro muito desagradável. A limpeza deve ser
feita por profissional médico veterinário.
Alimentação inadequada -
Caso haja deficiência de nutrientes como vitaminas A e E, ácidos graxos e
minerais como o Zinco e o Ferro, a pele de seu animal pode apresentar
alterações como seborréia e descamações, que alteram o odor natural da pele.
Outras alterações alimentares, como comida gordurosa em excesso, podem levar
a este quadro.
Doenças metabólicas -
Algumas doenças relacionadas ao metabolismo do animal podem ocasionar mau
cheiro. Exemplos: síndrome de Cushing e dermatoses hormonais.
Erros do proprietário na
higiene -
Apesar de parecer um contra-senso, o banho pode fazer mal e deixar o animal
com aquele odor característico. Evite o excesso de banhos A pele oleosa dos
cães não deve ser lavada muito freqüentemente, pois estes óleos naturais
protegem a pele.
Ao banhar, use sempre produtos veterinários adequados ao ph de pele de seu
cão.
Tendência natural -
Algumas raças possuem um maior número de glândulas sebáceas, como o Cocker
Spaniel e o Boxer, acentuando a tendência a apresentar mau cheiro. Use
shampoos anti-sépticos recomendados por seu médico veterinário.
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As otites
são doenças muito vulgares nos cães e caracterizam-se por uma inflamação do
canal auditivo, com surgimento de vermelhidão e inchaço. Pode eventualmente
surgir liquido e emissão de maus cheiros e podem ser muito dolorosas.
Algumas raças caninas como os Cockers e Poodles são predispostas ao seu
aparecimento.
Sinais
O fato de os animais abanarem muito a cabeça em aflição e roçarem-na pelo
chão, tentando coçar as orelhas, bem como o mau cheiro proveniente do
interior das orelhas são sinais a ter em conta para se suspeitar de uma
otite.
Existem várias causas para o seu aparecimento :
-
Parasitas
como o Otodectes cynotis (uns bichinhos que se podem ver a passear no
Otoscópio do Veterinário).
-
Alergias,
como a alergia á picada da pulga e a polens ou a certos medicamentos
para os ouvidos.
-
Corpos
estranhos com ervas daninhas e praganas apanhadas durante o passeio
higiênico, por exemplo
-
Outras
Doenças dermatológicas.
O Veterinário
faz um exame no cachorro com o Otoscópio que lhe permite observar o interior
do ouvido, procedendo em seguida à sua limpeza. Se necessário são efetuados
testes para verificar qual a razão da otite. Desde testes de alergias até
uma cultura bacteriana de uma amostra colhida do interior da orelha. Em
função dos resultados destas análises é prescrito um tratamento.
Tratamento
É quase sempre necessário seguir um tratamento rigoroso. O fato de o animal
voltar a contrair uma otite não significa que possa ser tratada da mesma
forma que a anterior e muitas otites são causadas por deficiente higiene
dos ouvidos do cão, pelo que a prevenção correta e bem aconselhada (o seu
veterinário pode exemplificar-lhe como fazer a higiene correta das orelhas
do seu cão) é a melhor forma de as evitar.
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Pronto Socorro
Estar
preparado para uma emergência é muito importante para o seu animal.
Damos ênfase mais uma vez ao fato de que, se esta emergência acontecer, você
não deve procurar ajuda on-line, principalmente se o seu animal estiver
muito machucado e/ou doente. Nós não podemos ajudar nestas situações.
Somente o seu veterinário pode ajudá-lo.
Para ajudá-lo a se preparar para qualquer emergência que possa acontecer,
preparamos algumas dicas de como proceder com seu animal.
A primeira
dica é perguntar ao seu veterinário como você poderá encontrá-lo caso
aconteça alguma emergência.
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Primeiros Socorros
-
Envenenamento
-
Caixa de Primeiros
Socorros
-
Substâncias Tóxicas
PRIMEIROS
SOCORROS
Ferimentos por
mordidas
Aproxime-se do animal calmamente para evitar uma mordida. Coloque uma
mordaça (*qualquer ser vivo, quando em dor extrema, morderá qualquer pessoa
se o toque desta lhe causar mais dor ou medo) mas cuidado para não apertar
demais e dificultar a respiração do animal. Limpe os ferimentos com muita
água limpa. Cubra os ferimentos grandes e abertos para que permaneçam
limpos. Faça compressão em ferimentos que estejam sangrando muito. Não faça
torniquete. Os ferimentos causados por mordidas geralmente infeccionam e
precisam de cuidados profissionais.
Ligue para o seu veterinário.
Hemorragias
Aplique uma pressão direta e firme sobre a área hemorrágica até que o
sangramento pare. Evite bandagens que possam prender a circulação e
torniquetes.
Ligue para seu veterinário imediatamente.
Animal que
parou de respirar
Verifique se o animal está engasgado com um corpo estranho (veja engasgo).
Se o animal não estiver respirando, coloque-o em uma superfície firme com o
lado esquerdo para cima. Cheque o batimento cardíaco colocando seu ouvido no
peito do animal. Para localizar o ponto certo , dobre gentilmente a pata
dianteira até que o "cotovelo" encoste nas costelas. Este é o ponto ideal
para detectar os sons cardíacos. Se o coração estiver batendo mas o animal
não estiver respirando, feche a boca do animal, ponha sua mão bem próximo ao
focinho, para dar firmeza, e sopre diretamente no nariz dele e não na boca
até que você veja o tórax se expandindo. Repita de 12 a 15 vezes por minuto.
Ao mesmo tempo, se não houver batimentos cardíacos, faça massagem cardíaca.
O coração se localiza na metade inferior do tórax, atrás do "cotovelo" da
pata dianteira esquerda. Coloque uma mão por debaixo do animal para aparar o
tórax e coloque a outra mão por cima do coração. Faça compressão do coração
gentilmente. Gatos e cães muito pequenos podem receber a massagem cardíaca
através da compressão do tórax entre o polegar e os demais dedos da mão (*
finja que vai pegar um livro em uma prateleira, a maneira que seus dedos
envolverão o livro é como seus dedos devem envolver o tórax do animal). Faça
a massagem cardíaca 60 vezes por minuto, ou seja, uma vez por segundo e
alterne com a respiração artificial. Duas pessoas são necessárias para um
bom trabalho.
Ligue para o seu veterinário imediatamente!!!
Aprenda a usar estas técnicas antes que você precise delas!
Queimaduras (química, elétrica, térmica)
Lave imediatamente a área queimada com grande quantidade de água fria.
Coloque uma saco de gelo no local por 15 - 20 minutos. Atenção: não ponha o
gelo diretamente sobre a pele do animal, envolva-o em uma toalha ou outro
tecido limpo.
Ligue imediatamente para o seu veterinário.
Engasgo (dificuldade respiratória, constante movimento de pata na boca,
lábios e língua azul)
Olhe dentro da boca e procure um corpo estranho visível. Se encontrá-lo,
remova-o com uma pinça ou alicate de ponta comprida para que o animal
consiga respirar. Tenha extremo cuidado de não empurrar o corpo estranho
mais para dentro da garganta. Se o objeto continua alojado e imóvel, coloque
o animal deitado de lado e faça pressão na altura das costelas com a palma
da sua mão, 3 ou 4 vezes. Repita mais algumas vezes até o deslocamento do
corpo estranho.
Ligue para o seu veterinário imediatamente, mesmo que você tenha conseguido
retirar o corpo estranho pois ele pode ter causado ferimentos internos. Não
deixe para depois!
Internação (respiração acelerada e dificultosa, vômitos, colapso,
temperatura elevada)
Coloque o animal em uma banheira, balde ou bacia com água fresca, não use
água fria pois pode causar choque térmico. Um banho de mangueira ou envolver
o animal em uma toalha molhada também ajuda. Não coloque a cabeça do animal
debaixo da água.
Ligue para seu veterinário imediatamente!!!
Vômitos
Suspenda a alimentação por 12 - 24 horas. Depois que o vômito cessar, dê
pedras de gelo por 2 horas e comece a aumentar o volume de água e comida até
a quantidade normalmente ingerida por dia.
Ligue para seu veterinário.
Diarréia
Suspenda a alimentação por 24h mas dê água à vontade. Dê cubos de gelo.
Ligue para seu veterinário.
ENVENENAMENTO
Medidas preventivas |
- Não deixe
seu cão comer nada durante os passeios. Os cães, principalmente
jovens, têm tendência para comer seja o que for.
- Retire todas
as plantas venenosas de sua casa e jardim ou coloque-as fora do
alcance do cão.
- Guarde
produtos químicos e de limpeza, os inseticidas e os medicamentos
fora do alcance do cão, de preferência em local trancado.
- Ao fazer uma
desparasitação, por banho medicinal ou pulverização, tenha atenção à
quantidade de inseticida que utiliza.
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Principais Sintomas |
Os
sintomas variam conforme o tipo de veneno ingerido, pode-se considerar
todos ou alguns dos abaixo
- O cão saliva
fortemente
- Tem vômitos
recorrentes e, por vezes, também diarréia
- Há sangue no vômito,
nas fezes ou na urina;
- O animal está
apático;
- Tem dificuldade em
respirar;
- As mucosas
apresentam-se pálidas ou azuladas;
- A pulsação é
rapidíssima;
- Tem tonturas,
convulsões e/ou desmaia.
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Primeiras medidas |
- Leve
imediatamente o cão ao veterinário
- Anote o que foi
ingerido e a quantidade (* se for um produto químico ou veneno que
você tinha em casa, leve a caixa para o veterinário, muitas vezes as
caixas trazem além da base química do remédio, procedimentos de
emergência e telefones de centrais toxicológicas).
- Não induza vômitos
sem consultar o veterinário! Este nem sempre é o melhor
procedimento, podendo em alguns casos inclusive agravar o problema.
- No caso de
envenenamento de pele, lave com bastante água e um sabonete suave.
- Dê-lhe comprimidos
de carvão. O carvão absorve a maior parte dos tóxicos e não afeta o
animal.
- Dê-lhe bastante água
para beber. a água tem um efeito diluente.
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CAIXA DE PRIMEIROS
SOCORROS
- Termômetro anal (a
temperatura normal do cão fica entre 37.5 e 39.3)
- Mordaça de nylon
- Guia de handler forte
ou corda com no corrediço para funcionar como laço
- Cobertor ou toalha
- Rolo de gaze de 1
polegada
- Rolo de gaze de 3
polegadas
- Cotonetes
- Compressas de gaze
- Tesoura curva
- Pinça curta
- Pinça longa
- Merthiolate
- Água oxigenada
- Shampoo neutro
- Algodão
- Vaselina pura
- Esparadrapo
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
Chumbo |
Linóleo, cola de carpete, tintas, vernizes, massa de vidraceiro, soldas,
óleo e graxa de automóvel. O chumbo causa sinais tanto gastrintestinais
quanto neurológicos. |
Compostos fenólicos |
Preservativos de madeira, solventes, desinfetantes (fenol, cresol,
hexaclorofeno), herbicidas, fungicidas, inseticidas, bolas de naftalina.
Causam vômito, depressão, incoordenação motora, insuficiência
respiratória, entre outros. |
Remédios |
Como
acetoaminofen (Tylenol), aspirina, tranqüilizantes e outros. Estamos
falando da ingestão excessiva e acidental, como um cão resolver roer a
caixa de remédios que ficou em cima da cama e engolir todos os
comprimidos. |
Cafeína |
Em
pílulas dietéticas, estimulantes, folhas de chá e grãos de café.
Poderoso estimulante do Sistema Nervoso Central. Dose tóxica para cães
100-150mg/kg. |
Chocolate |
Contém
xantina, estimulante do músculo cardíaco, aumentando seus batimentos,
entre outras coisas. Podem ocorrer convulsões e morte por parada cardiorespiratória. |
Nicotina (atenção fumantes!) |
Causa
salivação, vômito, diarréia, aumento da freqüência respiratória e
cardíaca, incoordenação, convulsões e morte por parada respiratória. A
dose letal mínima é de 20-100mg. |
Plantas tóxicas |
Ingestão ocorre com bastante freqüência: Comigo-ninguém-pode, Costela de
Adão, Orelha de burro, Espirradeira, Azaléa, Filodendro, Narciso,
Amarílis, Tulipa, Bico-de-papagaio, Trombeta e outras. |
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Vamos ver aqui
alguns aspectos relacionados com a prevenção de doenças nos cães. Vejamos,
para começar, o sistema imunitário. O sistema imune é bastante complexo,
ativo e integrado, sendo composto por células especializadas, substâncias
químicas e proteínas. Um animal mal nutrido sempre é um animal susceptível
a doenças, pois falta matéria-prima para ativar e produzir as substâncias
necessárias para destruir o inimigo.
A vacinação
protege tanto os cães como os humanos, diz Bruce Fogle no livro "100
perguntas que seu cão faria ao veterinário", da Nobel. Mas há muitas outras
doenças - continua ele - contra as quais os cães podem ser protegidos além
da Cinomose, por exemplo. A Leptospirose propaga-se através da urina do
rato. Ela mata pessoas e cães todo o ano, mas a prevenção é simples, por
meio da vacinação. A Parvovirose não existia até a década de 70, quando de
repente espalhou-se pelo mundo, eliminando ninhadas inteiras da noite para o
dia. Também é facilmente controlada através da vacinação.
Assim como o são também as
hepatites viróticas, que provocam a tosse canina, menos importante mas
também problemática. A proteção contra todas essas doenças é incorporada
numa única vacina.
Se há doenças específicas
que ocorram em certas regiões, o risco de contraí-las também pode ser
reduzido através da vacinação. A doença de Lyne propaga-se por carrapatos, a
Bordatella, uma tosse canina como coqueluche e outras infecções que ocorrem
tanto sazonal quanto regionalmente podem ser evitadas através da vacinação
habitual. Tudo isso se resume a uma discussão sobre o que é preferível:
prevenção ou cura. Hoje em dia, cães e pessoas sensatas optam pelo primeiro.
Para estimular uma
proteção ativa do cão contra as principais doenças se utilizam vacinas. Como
as vacinas são produzidas com o vírus ou a bactéria que causa a doença, elas
também são afetadas pelos anticorpos maternos, podendo ser totalmente
inativos e portanto sem efeito quando aplicadas num animal. Assim, o animal
somente responde a uma vacinação quando ele está com baixos níveis ou sem
anticorpos circulantes. Algumas vezes ele fica doente antes de responder a
vacinação, isso porque o vírus que causa a doença é ais agressivo que o
vírus vacinal.
Como não sabemos qual é o
nível de proteção do filhote, se recomenda um esquema de vacinação de
múltiplas doses em filhotes. A dose mais importante é sempre a última pois
temos certeza de que está não irá sofrer a interferência dos anticorpos
maternos. A idade ideal para a última dose é entre quatro e quatro meses e
meio de idade. Isto para a Cinomose, Parvovirose, Coronavirose, Leptospirose
e Hepatite Infecciosa. Para a Raiva se recomenda uma única dose depois dos
quatro meses de idade.
Para todas as doenças se
recomenda a revacinação anual, pois como vimos anteriormente, como o tempo
os títulos de anticorpos vão caindo e o animal fica susceptível a contrair
doenças.
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Aqui você encontra o significado de termos muitas
vezes usados pelos cinófilos e que muita gente desconhece.
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Conhecer o
significado destas palavras é importante para quem tem como hobby criar
cães, gosta de ler sobre o assunto ou acompanha eventos cinófilos.
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Aproveite e aumente seu vocabulário!
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A
ACB - Sigla da Associação Cinológica do
Brasil, confederação de clubes dissidentes da CBKC.
ADESTRADOR - Aquele que adestra. É uma profissão. Não confundir com "handler",
pois são habilidades distintas.
ADESTRAMENTO - Ensino, ao animal, de noções ou conhecimento particulares,
não congênitos. Ensino de habilidades. Condicionamento para realização de
tarefas.
AKC - Sigla do American Kennel Club, entidade cinófila dominante nos E.U.A.
É um dos dois órgãos maiores da cinofilia. Possui próprios padrões das
raças, que são usados pelas confederações filiadas.
ALBINO - Animal com falta de pigmentação, no geral inteiramente brancos. É
uma
degenerescência. Cães com mucosas (nariz, pálpebras, lábios) cor de carne,
róseo.
Geralmente é uma falta desqualificante; a estes animais não é concedido
"pedigrees", para evitar que estas características transmitam-se a novas
gerações.
ANDADURA - É uma modalidade peculiar da locomoção. Os qudrúpedes no geral
elegem 1 tipo de andadura mais confortável e cômoda, de acordo com sua
constituição. Pode ser uma característica do físico, mas pode demonstrar, em
certas ocasiões, um estado de espírito. É o ritmo da movimentação.
ANGULAÇÃO - Constitui o conjunto dos ângulos formados pelos ossos dos
membros anteriores e posteriores. Quando estes ângulos são bem pronunciados
diz-se que o animal é bem angulado, ou, caso contrário, de angulação
discreta.
ANTEPEITO - Parte do peito sob o pescoço e à frente dos membros. É a visão
frontal do tronco do animal.
ANTERIOR - É o conjunto ósseo e muscular responsável pelo equilíbrio e
sustentação anterior dos quadrúpedes. Constitui os membros anteriores.
APRUMO - São as linhas que percorrem os membros anteriores ou posteriores
quando vistos pela frente ou por trás. Diz-se que um cão é bem aprumado,
quando estas linhas são perpendiculares ao solo.
ARLEQUIM - É uma modalidade de coloração na qual a presença de 1 fator
(gene) de marmorização de cor provoca um fundo extremamente diluído (branco
ou quase) com manchas irregulares de cor escura - preta ou marrom. Ex.: Dogue Alemão Arlequim, Dachshund Arlequim.
B
BARBELA - Duas peles grossas, paralelas, pendentes
longitudinalmente na garganta em certas raças. O Fila Brasileiro as possui.
BEST IN SHOW -
Vem do inglês e quer dizer "Melhor da Exposição". Maior
prêmio de uma exposição. O melhor animal dentre todos que apresentaram-se
numa exposição.
BICOLOR - Cão de duas cores. Base branca combinada com outra cor.
BIS - Sigla de "Best In Show".
BLACK AND TAN - Expressão em inglês que traduzida literalmente quer dizer
"preto e castanho". Cão de cor preta e marcações castanho em pontos
simétricos do corpo. Ex.: Rottweiler, Setter Gordon, Doberman.
BOIADEIRO - Cão que combóia gado ou guarda ovinos. Ex.: Bouvier de Flandres.
BRACO - Modalidade de cães de caça a aves que possuem características
anatômicas e de pelagem peculiares assemelhando-se genericamente a um
Pointer.
BROWN AND TAN - Expressão em inglês que traduzida literalmente quer dizer
"marrom e castanho". Cão de cor marrom e marcações castanho em pontos
simétricos do corpo. Ex.: Doberman marrom.
C
CAC - Sigla de "Certificado de Aptidão
a Campeonato". Título promocional que poderá ser outorgado por juízes, a
animais que forem considerados como excelentes, em seu julgamento.
Está apto a recebê-lo o cão com idade superior a 9 meses (ACB) ou 12 meses (CBKC).
Só é concedido um CAC por raça (ACB) ou um CAC por sexo, para cada raça (CBKC),
por exposição.
CACIB - Sigla de "Certificado de Aptidão a Campeonato Internacional de
Beleza", concedido por juízes do Quadro de Árbitros da FCI, em exposições
internacionais. A idade mínima para obtenção do CACIB é de 15 meses. Os
machos e fêmeas que possuam 3 destes, outorgados por juízes diferentes,
sendo um de outro continente diferente do que o cão habita, podem requerer o
título vitalício de "Campeão Internacional". Só é outorgado um CACIB por
sexo, para cada raça, por exposição.
CAMPEÃO - Título vitalício outorgado a um cão que tenha obtido os CACs
necessários. Pela CBKC, os machos que possuam 5 destes, outorgados por
juízes diferentes, podem habilitar-se ao título de "Campeão". As fêmeas
precisam de 4. A idade mínima para proclamação do título é de 12 meses. Além
dos CACs é preciso ter 1 Melhor da Raça ou Reserva da Raça. Se não tiver nem
a reserva e nem o Melhor da Raça, é exigido o dobro do número de CACs
outorgados por árbitros diferentes. Pela ACB é necessário ter mais de 9
meses e 5 CACs com árbitros diferentes, tanto para machos quanto para
fêmeas.
CANIL - Criatório de cães. Local onde se criam ou guardam os cães. Nome que
o criador adota como prefixo ou sufixo do nome dos cães que nascem de
cadelas de sua propriedade.
CARPEADO -
Cão que tem a linha superior do tronco convexa.
CBKC - Sigla da Confederação Brasileira de Cinofilia, filiada à FCI, tem
sede no Rio de Janeiro.
CERNELHA - É a parte proeminente da escápula (omoplata ou ombro) do
quadrúpede. Corresponde ao ponto de encontro do pescoço com a linha superior
do tronco. É neste local que é medida a altura do cão.
CGC - Sigla de Certificado de Aptidão a Grande
Campeonato, usado pela CBKC.
Título promocional só outorgado a animais já campeões.
CH. - Do inglês "Champion", campeão. Prefixo anexado ao nome dos cães
detentores deste título.
CH. INT. - Do inglês "International Champion", campeão internacional.
Prefixo anexado ao nome dos cães detentores deste título.
CNC - Sigla de Certificado a Título de Novo
Campeonato, usado pela ACB.
Outorgado apenas a animais já campeões.
CINOFILIA - Do latim cino-cão, filia-afinidade. É o termo que indica o gosto
por cães.
Qualidade de cinófilo.
CINOLOGIA - Estudo dos cães.
CINOLÓGICO - Referente à Cinologia.
CINÓFILO - Que gosta de cães.
CIO - Complexo de fenômenos que ocorrem nas cadelas, preparando-as para a
reprodução. Período no qual as cadelas aceitam o acasalamento.
CJC - Sigla de Certificado de Aptidão a Jovem Campeonato. Título
promocional, que pode ser outorgado por juízes, a animais de excepcionais
qualidades que ainda não têm idade para receber o CAC pela CBKC antes dos 12
meses. Após receber o terceiro destes títulos, o proprietário pode requerer
o título de Jovem Campeão do animal.
CRIADOR - Responsável por um canil que produz filhotes. Proprietário da
fêmea.
CRIPTORQUIDIA - Defeito que pode ocorrer em machos quando não têm um ou
ambos testículos na bolsa escrotal. É uma falta desqualificante. Animais com
este problema devem ser afastados da reprodução.
D
DESCLASSIFICAÇÃO - Condição transitória que afasta um cão das
exposições, tais como: sinais de doença infecciosa ou parasitária, fêmeas em
adiantado estado de gestação ou aleitamento, cão que agredir o juiz, que
ameace outros cães, etc.
DESQUALIFICAÇÃO - Condição definitiva que impede o cão de exposições e
reprodução. As desqualificações gerais são: cegueira, surdez, aleijão, criptorquidia, monorquidia.
E
ERGOT - 5º dedo. Dedo situado na parte interna das patas, à
altura do metacarpo ou
metatarso. Geralmente é removido cirurgicamente. Há raças em que sua
presença é
obrigatória. Ex.: Cão dos Pirineus.
ESGALGAMENTO - É o estreitamento da musculatura abdominal em conseqüência de
um tórax estreito e muito profundo. Faz com que a linha inferior na altura
do ventre suba abruptamente, à semelhança dos galgos.
ESTRUTURA - Forma pela qual os ossos e sua musculatura se organizam no
sentido de compor o conjunto animal. É a constituição esquelética.
F
FCI - Sigla da Federação Cinológica Internacional, um dos
dois órgãos maiores na cinofilia, tem sede em Thuin, na Bélgica. Utiliza os
padrões de raça do país de origem do animal.
FRENTE FRANCESA - Defeito de equilíbrio provocado por tórax anomalamente
estreito que produz uma frente de equilíbrio instável. Para melhorar o
equilíbrio, o animal torce todo o membro anterior para fora de modo a
colocar os pés mais distantes, voltados para fora.
G
GALGO - Vide lebréu.
GARUPA - Parte posterior da coluna vertebral (espinha) do animal, antes da
sua conexão com a cauda. É a posição posterior da linha superior.
GR. CH. - Do inglês "Great Champion". Prefixo anexado ao nome dos cães
detentores do título de "Grande Campeão".
GR. VENC. NAC. - Sigla de "Grande Vencedor Nacional", título outorgado ao
cão que já foi Melhor da Exposição em três estados diferentes, com o
julgamento de juízes diferentes.
GRANDE CAMPEÃO -
Título vitalício concedido ao cão que já possuía o título
de "Campeão" e que fez, através dos CGC, os pontos suficientes para o grande
campeonato. Pela CBKC machos precisam de 60 pontos e 3 Melhor da Raça,
fêmeas precisam de 40 pontos e 2 Melhor da Raça.
GRIFFON - Perdigueiros de talhe dos braços com pêlo longo, duro e espesso.
Ex.: Barbet.
GROOMING - Expressão inglesa que é entendida na cinofilia como preparação do
cão através de procedimentos de higiene e beleza como banho, cuidados de
aparo de unhas e bigodes, corte do pêlo e outros recursos que melhoram o
aspecto do cão, mediante utilização de tesouras, máquinas, cosméticos etc.
Vide "trimming".
H
HANDLER - Apresentador de cães em exposição. É uma profissão.
Não confundir com adestrador.
HOUND - Cães que caçam animais de pêlo rastreando-os pelo faro e matando a
presa a dentadas caso o caçador não chegue antes. Ex.: Beagle, Foxhound.
I
INSERÇÃO - O mesmo que raiz. Lugar da anatomia do cão onde se
insere outra parte. Ex.: a cauda, as orelhas.
J
JCH. - Prefixo anexado ao nome dos cães detentores do título
de "Jovem Campeão".
JARRETE - O mesmo que tarso. A parte do pé anatôico próximo à tíbia,
corresponde ao calcanhar humano. Um defeito grave em cães é o "jarrete de
vaca", que ocorre por um defeito de equilíbrio do posterior que faz com que
o animal expulse os joelhos, ele junta o jarrete virando os pés para fora à
semelhança das vacas.
K
KENNEL - Palavra inglesa que quer dizer canil.
L
LEBRÉU - Vem de lebre. O mesmo que galgo. Cão de caça de
animais muito velozes que usam a visão e a audição associados à velocidade
para caçar. Ex.: Greyhound, o mais rápido.
M
MOLOSSO - Grupos de cães de constituição peculiar - ossatura
pesada, cabeça volumosa e larga, tórax amplo e muito arqueado. Descendem do
antiqüíssimo Molosso Assírio e podem ter a pelagem lisa ou longa. Ex.: Fila
Brasileiro, Bulldog Inglês, Mastim Napolitano.
MONORQUIDIA - Cão que só apresenta um testículo na bolsa escrotal. É uma
falta
desqualificante. O animal que apresentar este problema deve ser afastado da
reprodução, pois é genético.
MORDEDURA - Encaixe dos incisivos (dentes da frente). Pode ser: em torquês,
em tesoura ou prognatismo.
MOSQUEADO - Diz-se a pelagem de fundo branco com salpicos de outra cor,
geralmente pretos ou marrons (vermelhos).
O
OSSATURA - Esqueleto em seus aspectos de forma e espessura.
Diz-se de ossatura rica um cão que tem ossos grossos.
P
PADRÃO - É a descrição mais ou menos detalhada das
características físicas e mentais de uma raça. Corresponde à média das
criações dos cães de raça no país que a elabora ou adota. Nele os juízes se
baseiam para avaliar os cães em seus julgamentos. Os melhores animais são
aqueles que mais se aproximam do padrão.
PARTICOLOR - É uma pelagem combinada com duas ou mais cores. É o oposto à
pelagem sólida.
PEDIGREE - Árvore genealógica do animal. A sua certidão de nascimento,
contudo, é a tarjeta de identificação.
PERDIGUEIRO - Significa cão caçador de Perdiz. Nome geralmente dado ao
Pointer Inglês.
PÉ DE GATO - Pé redondo e pequeno, com os dedos bem juntos e arqueados.
PÉ DE LEBRE - Pé em que os dedos são longos. Pé comprido. Pé oval.
PIGMENTAÇÃO - Coloração melânica da pele, das mucosas e de outras partes
desprovidas de pêlos.
PINÇA - Vide torquês.
POINTER - Apontador. Categoria de cães que detectam e apontam com o focinho
a ave ao caçador. Ex.: Pointer Alemão.
POLICIAL - Cão treinado para uso militar. Apelido dado ao Pastor Alemão.
POSTERIOR - Diz-se o conjunto muscular e ósseo responsável pela propulsão
posterior dos animais quadrúpedes.
PROGNATISMO - Do latim pro-projeção, gnatus-mandíbula. É a projeção da
arcada dentária inferior em relação à superior. O prognatismo é típico em
algumas raças, como o Boxer. O impropriamente chamado "Prognatismo Superior"
é uma redução do tamanho da mandíbula designado por retrognatismo e por isso
é uma falta sempre muito grave.
R
RAÇA - Conjunto de indivíduos com o mesmo fenótipo e
instintos, capazes de transmiti-los regularmente à sua descendência. A
vantagem de criar um cão de raça é saber previamente o tamanho,
temperamento, forma e outras características dos seus descendentes. Enquanto
que o mestiço, sem raça definida, ou vira-lata, é uma incógnita sob todos os
aspectos.
RAIZ - Vide inserção.
RETRIEVER - Vem de cobrador, buscador, pesquisador. Cão que vai buscar a
caça abatida pelo caçador. Ex.: Golden Retriever.
RUÃO - Diz-se a mescla de pêlos brancos com pretos ou vermelhos (marrons),
sem
dominância de uma cor sobre a outra. Ex.: Cocker Spaniel Inglês.
S
SABUJO - Cão de caça que utiliza o faro como maior atributo
da sua tarefa. Ex.: Bloodhound.
SAL E PIMENTA - Mescla de pêlos de pigmento claro e escuro dando a coloração
acinzentada.
SELADO - Cão que tem a linha superior convexa, à semelhança dos cavalos.
SÓLIDO - Cão de uma só cor.
SPANIEL - Cão de caça com pêlo sedoso (liso ou ondulado) que não "amarra",
ele "levanta" ou desaloja e traz a caça abatida pelo homem. Podem ser de
terra (land-spaniel) ou de água ou brejo (water-spaniel). Do primeiro, um
exemplo é o Cocker Spaniel Inglês, do outro tipo é o English Water Spaniel.
SPITZ - Cão de caça semelhante à raposa com crânio moderado e largo e
focinho pontudo, 'stop' bem pronunciado, orelhas retas e triangulares, cauda
tufosa voltada para o dorso, pêlo espesso e áspero, subpêlo lanoso, ossatura
sólida, corpo reforçado. Ex.: Spitz Alemão (Pomerânia), Samoieda, Keeshound.
SRD - Sigla de Sem Raça Definida. É o popularmente chamado de vira-lata.
STANDARD - O mesmo que padrão.
STOP - Ponto de encontro da testa com o focinho. Diz-se do cão com stop
"pronunciado" quando fica bem evidente o desnível entre os planos do crânio
com o focinho. Ex.: Boxer. Outras vezes pode-se fazer referência à
inexistência de stop, como na raça Bull Terrier, ou até fazer-se referência
a um stop leve, como na raça Collie.
T
TARJETA - Certificado de propriedade de
um cão, emitido por um Kennel Clube. É o
complemento do 'pedigree'.
TARSO - Vide jarrete.
TERRIER - Cão de caça a animais de toca. É usado para desentocar raposas,
texugos e ratos. Na sua maioria são raças inglesas. O menor deles é o Yorkshire Terrier. O maior é o Airedale Terrier. No Brasil desenvolveu-se o
Terrier Brasileiro, o conhecido como Fox Paulistinha.
TESOURA - Mordedura onde os incisivos superiores tocam os inferiores pelas
suas faces internas. A maioria dos cães e humanos mordem em tesoura.
TIGRADO - Diz-se a coloração consistente em fundo de pigmento claro -
vermelho ou amarelo, em suas várias nuances, sob listas ou rajaduras
verticais de pigmento escuro - preto ou marron. Ocorre entre Boxers, Dogues
Alemães, Filas Brasileiros, etc.
TORQUÊS - Mordedura em que os incisivos de ambas arcadas dentárias ao fechar
a boca se tocam pelas bordas superiores. É também chamada mordedura em
pinça.
TOSA - Corte da pelagem que algumas raças submetem-se, de acordo com os
requerimentos do padrão da raça. Ex.: para a raça Poodle, o cão adulto deve
apresentar-se com a tosa Leão ou Continental.
TRICOLOR - Cão com 3 cores, geralmente de fundo branco combinado com duas
outras cores. Ex.: Alguns exemplares de Collie, Beagle.
TRIMMING - Expressão inglesa que é entendida na cinofilia como corte da
pelagem, através de tosquiadoras ou arrancamento manual de pêlos. Vide "grooming".
TRUFA - Nariz. Na maioria das raças é preto. Só nos cães marrons ou suas
nuances é marrom.
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